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sidde, analista da FURIA, em entrevista exclusiva a Game Arena. - Foto: Game Arena.

BLAST Paris: "O que aconteceu vai além da parte estratégica", diz Sidde

Thulio Bastos •
14/05/2023 às 19h49, atualizado há 2 anos
Tempo de leitura: 7 minutos

Analista da FURIA, sidde falou com exclusividade após a eliminação, analisou trajetória no Mundial, mudanças e futuro no CS2

A FURIA deu adeus ao BLAST.tv Paris Major 2023 após não vencer nenhum dos quatro mapas que disputou na competição. Mostrando uma grande apatia, o time brasileiro terminou com a pior campanha de sua história em um mundial de CS:GO. Após a eliminação, sidde deu entrevista exclusiva a Game Arena.

Inicialmente, o analista técnico do time comentou sobre quais as dificuldades ele visualizou que o time sofreu nesse campeonato. Enfático, ele afirmou que a impressão é que o “time não conseguiu jogar CS” e diz estar cedo para um diagnóstico do que aconteceu.

“As dificuldades que apresentamos hoje são as mesmas de ontem. A impressão que fica é que a gente não conseguiu jogar. Vinhamos em uma crescente nos últimos campeonatos e a nossa expectativa era muito maior do que conseguimos mostrar, que era fazer um campeonato muito melhor. Eu senti o time com uma falta de coesão muito grande, precisamos parar e entender. É muito difícil dar um diagnóstico do que aconteceu, mas fica a sensação de que praticamente não jogamos CS no Major.” – afirmou.

Na sequência, sidde comentou sobre qual o tamanho da decepção após a eliminação da equipe no mundial da França. Ele relembrou que a equipe apresentou evolução após mudanças internas, mas que no Major o time não conseguiu “trazer um nível ainda melhor”, que era o objetivo da equipe no torneio.

“Uma decepção gigantesca por conta dos resultados que a gente vem apresentando, por mais que a gente tivesse começado o ano mal, fizemos algumas adaptações e mudanças que nos ajudaram a trazer um jogo muito melhor no RMR e na IEM Rio. E a nossa ideia era construir em cima disso e trazer um nível ainda melhor por esse campeonato, por ser o último Major, algo muito especial e a gente queria realmente isso. Nos últimos Majors os meninos tiveram resultado bem bacana, chegaram nos playoffs, crescendo dentro da competição ao longo das edições. O clima do time é difícil dizer, mas tenho certeza que estamos tristes e decepcionados.” – confessou.

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Time da FURIA durante a disputa do BLAST.tv Paris Major 2023. – Foto: Game Arena.

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Depois, sidde foi questionado se ele achava que essas mudanças internas que ocorreram após um começo de temporada ruim atrapalhou o time nessa campanha de Major. Ele diz que não e fez questão de relembrar os dois últimos campeonatos que a FURIA jogou, o RMR Américas e a IEM Rio e finalizou dizendo que “o que aconteceu foi além da parte tática”.

“Eu não diria que atrapalhou porque já tem bastante tempo que fizemos essas mudanças, a gente realmente mudou nossa filosofia de jogou, forma como abordar alguns rounds, não é algo 100%, não reformulamos toda essa parte, mas fizemos adaptações com a intensão de trazer mais constância ao nosso jogo e, na minha avaliação, conseguimos durante dois campeonatos.

Mas acho que isso não tenha sido o motivo de não termos apresentado um bom CS aqui porque tivemos tempo de se adaptar e consolidar esse novo estilo internamente. Acho que a avaliação vai vir depois, porque agora é difícil pontuar, mas o que aconteceu vai além da parte estratégica e tática, até porque já tivemos performances muito melhores com esse plano de jogo.” – analisou sidde.

Em seguida, sidde comentou sobre as falas de FalleN e peacemaker sobre o que o Brasil precisa para voltar ao topo do mundo no Counter-Strike. Ele concorda com ambos os pensamentos, citou fatores negativos que atrapalham os times do país nessa pegada de muitas viagens e bootcamps.

“Acredito que eles tenham razão. Eu vi os comentários do FalleN e do peace, o brasileiro quando vive nessa vida de viagens e bootcamps, acaba tudo sendo mais intenso, as coisas ruins, os problemas que tem que resolver, ter que lidar com tudo isso longe da família e de casa tem um peso muito maior do que os times que vivem na Europa. Acho que eles têm razão nesse ponto, pois ter a sua família do lado é algo que também dá uma estabilidade psicológica para poder viver isso e aguentar tudo que vem com ela.” – disse.

Questionado sobre possíveis mudanças na lineup após um resultado tão negativo, sidde disse que a decisão “não passa por ele”, mas que, em sua cabeça, “não pensa em mudanças”, pois quer analisar primeiro “o que aconteceu” no mundial em Paris.

“Não sou eu que toma essas decisões dentro da FURIA, mas obviamente se alguém pedir a minha contribuição eu vou ficar feliz em ajudar. Mas por agora não é algo que passa pela minha cabeça, pois quero primeiro entender o que aconteceu e porque não conseguimos demonstrar não só o que foi treinado, porque o treino as vezes engana um pouco, mas eu falo muito pelas últimas competições, pois a gente conseguiu demonstrar uma crescente… Então primeiro é entender o que aconteceu, para poder depois falar a respeito de qualquer coisa que possa mudar” – disse.

Finalizando, sidde falou sobre a mudança para o Counter-Strike 2. Ele afirmou que a FURIA vai aguardar uma definição da Valve sobre como será a migração para o novo jogo e, até o momento, o time está “no escuro com relação a isso”.

“A gente está esperando as definições do campeonato e da Valve, porque ninguém sabe como vai ser a transição. No momento a gente espera para entender melhor como vai ser, se vai ser no player break ou não. Estamos no escuro com relação a isso e o que temos de sólido é seguir as instruções, mas por enquanto não temos como saber.” – completou.

A Game Arena está cobrindo presencialmente o BLAST Paris Major 2023 e tem muito mais entrevistas e conteúdos exclusivos como este. Para ficar ligado sempre que algo novo sair, siga as nossas redes sociais:  TwitterYoutubeInstagramTik TokFacebook Kwai.

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