Estrela do Counter-Strike, kNg revelou à Game Arena em conversa exclusiva que já teve muitos empregos diferentes fora dos esportes eletrônicos. O dono d’O Plano já foi de puxador da Santa Ifigênia, até rapper. O papo completo pode ser conferido acima.
Na Santa Ifigênia, kNg lembra que chegou a ganhar um dinheiro legal, que ajudava em casa. O trabalho, entretanto, não era fácil… Tanto pelo bom papo que precisava ter, quanto pelo fato de parte do serviço não ser legalizado.
“Já trabalhei de tudo o que você imaginar. Lanchonete, levaria e até passei muito tempo como puxar na Santa Ifigênia. Tem até uma história bacana sobre isso. O puxador da Santa Ifigênia é aquele cara que vai ficar te perturbando para vender o que você quiser comprar: aparelho da NET, fonte, bateria, ‘e aí patrão, está precisando do que? Celularzinho? Tem num preço bom, vem com nós, acredita, vou te levar lá'”, contou kNg.
“Eu ficava com aquelas caixas de papelão gigantescas que, por exemplo, a caixa do aparelho da NET e TV Box a polícia não embaçava. Agora, a do piratão do Windows, não tinha jeito… Tinha até comunicação, tipo CS. A galera gritava “Ó o oi!” e na hora que falavam isso, já grudava na placa, olhava para os lados e corria”, completou com bom humor.
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Segundo o próprio kNg, todo esse tipo de vivência o preparou para o mundo. Unindo isso a uma das suas grandes paixões, que é a música, e a uma ideia que os pais lhe passaram quando era mais novos, nasceu o Dimaloka, dupla de rap que kNg fez parte.
“Mano, isso aí foi um delírio…”, disse kNg gargalhando. “Eu sempre fui muito apaixonado por música e principalmente por Rap, ouvi muito Racionais, Trilha Sonora do Gueto e vários outros. Além disso, meu pai era fotógrafo e minha mãe cabelereira, então meio que os dois trabalhavam pra si próprios. Então essa ideia foi passada pra mim, desde pequeno, de ser autônomo e trabalhar pra você mesmo e não para os outros. Essa ideia ficou muito na minha cabeça. Depois de ter algumas experiências traumáticas trabalhando para os outros, tipo uma vez que fui trabalhar numa lanchonete e fui humilhado. Falavam ‘vai seu lixo, lava o chão’. Na hora que ele falou isso eu já valei ‘vai…tchau!’, fui embora mesmo”, seguiu kNg relembrando épocas duras da vida.
“Ali eu decidi que trabalharia pra mim e a música foi algo que apareceu nesse sentido. Eu tinha um parceiro, monstro, que cantava muito e ainda era produtor musical. Ele veio falar comigo e disse que tinha um pouco de receio de se apresentar, então queria fazer uma dupla comigo, porque eu sou cara de pau. E realmente, eu não estou nem aí pra nada. Assim surgiu o grupo chamado Dimaloka, em que fizemos umas dez músicas, mas só postamos uma”, adicionou.
O próprio estúdio d’O Plano, surgiu não só desse amor de kNg pela música, mas também de uma conversa com amigos. Na entrevista, ele explicou melhor:
“O estúdio veio de uma parceria com cinco amigos. Antes de estourar no CS, me lembro que estávamos numa praça e a galera começou a falar que ia ser músico, isso e aquilo. Nisso combinamos que o primeiro amigo que ficasse melhorzinho de dinheiro, ia ter que montar um estúdio. Na hora que começou a pingar umas doletas, eu decidi criar esse estúdio musical. Tudo em cima dessa ideia de oito anos atrás”, contou kNg.
“E isso fez total sentido, pois eu adoro ouvir música, acordo ouvindo música, durmo ouvindo música… O mundo sem música é um mundo chato, ela é muito importante pra tudo. No momento em que você está feliz ela está lá, e quando está triste também. Hoje eu estou me aprimorando em como ser um empresário da música e O Plano já conta com quatro artistas. Mas vai que o kNg solta uma nova aí, imagina!”, finalizou.
Neste corte do papo, kNg inclusive mandou uma palinha da sua música da época de rapper. Veja:
Para quem quiser ouvir a música completa, nós também a achamos no SOUNDCLOUD. Confira logo abaixo e conte para gente nos comentários se o kNg rapper está aprovado.
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